Ano passado (vulgo ontem) foi engraçado, estranho. Sabe aquele ano em que você não espera muita coisa, tenta não criar expectativas demais, deixa rolar pra ver o que a vida vai trazer? Pois então, esse foi meu 2018. Não ter esperado muito foi bom, porque mesmo com esse pensamento, ainda assim eu tive algumas decepções. Sobre as expectativas, eu definitivamente preciso melhorar isso. É quase inerente, posso dizer que é uma característica minha: crie expectativas, espere pela troca, vai ser como você imaginou! ~ só que nem sempre. Deixar rolar foi algo bem literal. Me senti sem rumo às vezes, ansiosa na espera do que estaria por vir, até mesmo perdendo um pouco de tempo. Não foi um ano memorável, mas também não foi um ano ruim. Eu senti que era uma fase que eu precisava viver pra recomeçar outra no momento certo. Então, 2018 foi um período de tentativas, muito aprendizado e surpresas.

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Eu sempre acredito em novos ciclos, recomeços e segundas-feiras. Inícios de mês, de semana e de ano. Sinto como se fosse uma nova chance, um marco no tempo pra você fazer/começar/recomeçar tudo aquilo que acredita ser o que falta. Isso me deixa feliz, motivada, com esperança de conseguir ver meus velhos hábitos sob nova perspectiva. É como se zerasse um cronômetro e eu tivesse de novo todo o tempo pra me reconstruir. Pensar assim me ajuda a ser mais positiva e ressignificar muito do que me atormenta e ver que muitas vezes é só mesmo uma questão de perspectiva.
Em 2018 eu não fiz metas e isso se mostrou mais valioso do que eu poderia imaginar ao longo do ano e no final dele. Sou uma pessoa extremamente autocrítica e me cobro por coisas que nem sempre estão ao meu alcance. No meio do ano eu tive uma crise de depressão e, hoje que as coisas estão melhores, percebo que teria sido muito mais difícil se eu ainda tivesse tido que lidar com uma lista de “prioridades” feitas no ano anterior, mas sem nenhuma disposição para cumpri-las. Entendi que nossos objetivos devem existir sim, mas não podem se tornar algo a ser alcançado a qualquer custo, o que inclui sua saúde mental. A todo tempo a gente deve reavaliar o que queríamos e se está ainda de acordo com quem estamos nos tornando. Planejar o futuro necessita de cuidados com o presente.

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Então 2019 chegou. Ainda bem. Gosto dessas passagens, de deixar o que já foi pra trás e seguir em frente. Estou positiva e curiosa pra esse ano. Também não vou fazer metas ou determinar prazos para que as coisas aconteçam, mas quero ser mais protagonista do que fui ano passado. Dizer mais nãos, arriscar mais e sempre, sempre acreditar. Eu desejo que 2019 seja um ano bom, pra mim e pra todos nós. Que a gente tenha mais motivos para agradecer do que se arrepender, que tenhamos muitas memórias boas e que nos acompanhe somente o que nos acrescentar na alma. Seja bem-vindo, ano novo. Seja novo, seja bom, seja gentil e surpreendente. E que comece nossa nova etapa!